27 DE SETEMBRO DE 2010 São Paulo- Brasil
Cada vez mais sinto imensa necessidade de escrever . Meu blog 1 e 2.. .me davam vazão a esta necessidade e prazer, como estou sem nenhum deles neste momento e o blog da UOL esta virando business, hoje explodindo interiormente, decidi abrir uma pasta só minha… não sei se algum dia vou compartilhar com alguém ou com o mundo… quero escrever sem me importar se agrado ou não, quero botar para fora aquilo que me engasga .
Desde que voltamos de Barcelona minha vida esta se tornando um vulcão ainda maior de emoções do que sempre foi, parece –se como uma roupa velha , fora de moda que eu já usei demais e que agora, ainda por cima não me serve mais… aperta e me causa profunda falta de ar e desconforto.
Parece que tudo que eu aceitava, não posso mais, sinto uma aflição no meu peito apertado de repensar na vida que tive e que tenho, como se estivesse para partir dela, de verdade.
Me sinto só, só eu e meu amado marido que amo cada dia mais… parece que só temos nos mesmos para contar. Me sinto uma criança abandonada, como sempre fui e perdida em mim mesmo.
Meus grandes insights se desintegram logo após me emocionar e o que acredito em um minuto , no outro parece ilusão. Me sinto sozinha nesta cidade e sociedade em que vivo, praticamente um paria desta sociedade psicopata, dura e ditatorial em que sobrevivo. Aonde as pessoas aos quais eu presto o serviço de criar um lar doce lar com estilo, beleza e verdade ou um novo negocio que parte do sucesso virá explicitamente de minha criatividade, bom gosto e do meu gift… de criadora de opinião. Assim vou dando de presente meus tesouros, sem que peçam… ou me paguem pelo super plus! Então, já que não pagam, também não valorizam e até se esquecem de que fui eu, a autora e se nomeiam o autor!
Por estas e outras, eu mesma vou causando tudo que detesto em minha vida profissional, por ser generosa, causo abuso e desrespeito dos meus clientes em geral, com raríssimas exceções.
Porisso, não quero trilhar mais este caminho, preciso encontrar uma nova forma de aproveitar meu talento, minha criatividade, minha bagagem… enquanto não encontro, me perco em minha tristeza, minha dor, minhas lagrimas. Mais uma vez a fênix vai ter que renascer das cinzas.
O que me emociona e me alegra, nas coisas que já passei, são tão simples … hoje indo para o parque e atravessando com meu carro o estacionamento do Extra, me lembrei de quando eu era casada com o Paulo, pai dos meus filhos… pensei em nós todos juntos como uma família de sangue em épocas felizes, almoçando ou jantando na churrascaria do antigo Paes Mendonça. Antonio e Manuela, tão lindinhos e felizes olhando os peixinhos do grande aquário e depois sentadinhos em grandes mesas, aonde pareciam menorzinhos ainda, com seus pezinhos pendurados em altas cadeiras… balançando vivamente. Gostavamos de comer costeletas com limão… adoro me lembrar disto e de quando o Paulo , aos domingos nos trazia pão de queijo da padaria .
Hoje, continuo amando nossos finais de semana, em que o Serginho vai para padaria com nossos cãezinhos e voltam todos felizes, após passeio na pracinha e croquetes deliciosos sorvidos em segundos enquanto eu os espero em nossa cozinha com cara de fazenda já com o forno quentinho esperando pelos pães e cheiro de café novinho se espalhando pela casa.
Minha família se transformou em nós dois e os amados Sathya e Shanti, nossos filhos de quatro patas, como costumamos chama-los enquanto que nossos filhos de sangue e de amor, foram embora… viver suas próprias vidas e o pai deles, acabou se tornando um estranho para mim. Hoje, somos como água e vinho, mas em meu coração amoroso, estou e estarei sempre pronta para ajuda-lo, se em algum momento for preciso.
Domingo , em Sampa…17 de outubro de 2010.
Acabo de voltar do parque, fui caminhar… quero perder peso, na verdade, quero poder comer sem ficar gordinha, então preciso caminhar… mas eu adoro!!!! Quando cheqo lá e me envolvo naquele verde, no meio daquelas imensas árvores… jaboticabeiras… o cascalho pelo caminho, o canto dos passarinhos e o som do coração pulsante da cidade se distanciando. ADORO este exato momento e por aí vai. Amo quando vou me enfiando pelas trilhas sozinha e minha mente vai se libertando da pressão do pensamento, vou jogando fora o lixo e vou ficando leve… livre!! Posso falar sozinha, posso sentir meu coração pulsando.
Hoje especialmente minha caminhada foi para lá de especial, não sei se por que estou com o HUM no meu coração, depois de ontem… naquele sábado meditativo com Djampa Sangue… sim, claro !!!! por isso e por que sinto que estou finalmente me libertando da Raiva em si, e estou alerta… para que ela nunca mais volte a explodir e estou observando, muito… a mim mesma, colocando ATENÇÃO!!!!! Se ela aparece, eu a enxergo a tempo e imediatamente coloco em prática o antídoto, A Paciência.
Como é bom estar livre da Raiva, como é maravilhoso viver com amor no coração por tudo e por todos.
Eu escolho viver assim !!!!!!
Neza Cesar
São Paulo, 22 de outubro de 2010
Parece incrível como a vida nos banha de bons fluídos. Mas nem sempre conseguimos enxergar. Este é o X da questão.
Quando estamos perdidos e tudo parece que não se encaixa é o momento de parar o movimento. Ficar aberto a todas as possibilidades. Quando entramos no campo de todas as possibilidades, experimentamos toda a magia, todo o mistério, toda a aventura da vida.
Transformar a incerteza em um ingrediente essencial da própria experiência.
Na disponibilidade para aceitar a incerteza, as soluções emergirão espontaneamente do próprio problema, da própria confusão, da desordem, do caos. A incerteza é o caminho da liberdade.
Através da sabedoria da incerteza encontramos a segurança.
Sabe, tem uma frase que uma amiga minha me falou, que eu adoro e escrevi na parede, diz: “Tudo acontece por si mesmo” e é verdade, quando estamos no caos… parece que vem um anjo e nos salva!
Por isso temos que estar atentos senão o anjo passa e nem percebemos.
Percebo cada vez mais como somos todos ligados, interligados e como todos nós humanos somos iguais em nossa excelência humana e como todos buscamos a mesma coisa. Ser feliz!!
Mesmo os humanos mais agressivos e horríveis, buscam a mesma coisa: ser feliz! E sofrem da mesma maneira que os humanos bondosos e puros. Por isso, cada vez mais, acredito que a felicidade plena só virá quando agente se desprender do eu, meu… e pensar também no sofrimento do outro e ter compaixão. Saber perdoar e lembrar: Hum… eu já fui assim.
Amo vocês e estou muito motivada em estar de volta,
MUITOS BEIJOSSSSSSSSSSSS,
Neza