Almoço indiano em Sampa e uma carta na Índia.

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Ando tão inspirada e com tanta saudades da India desde que comecei a escrever o blog, que fiz este almoço em minha casa para conhecer o namorado de minha filha Manuela, e tambem para fotos que serão publicadas futuramente numa revista de decoração. Resolvi compartilhar com vocês estas fotos de “backstage” que meu marido Sérgio, que é fotografo, fez. Espero que gostem. A comida (do restaurante Curry, que tambem faz delivery e fica no Real Parque, Rua Barão de Melgaço, 636) estava deliciosa! Recomendo!!!!
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Transformando tudo em poesia

Ufa! Chegamos em Whitefield, finalmente, mas isto não quer dizer que agora posso descansar. Nada disto, chegamos lá, nós e todas as outras 5000 pessoas que vieram, como nós, em busca da presença de Sai Baba. Começamos a procurar hotel, ou uma casa, ou pousada para ficar pois não teria lugar no ashram, sendo este bem menor que o de Puttaparthi. Todos se acomodaram e só faltava um lugar para mim. Resolvi mesmo que gostaria de ficar sózinha, por isso achei melhor ficar por último. Encontrei um pequeno hotel que acabara de ser construido. Meu quarto ficava na entrada, literalmente na varanda de entrada, a porta dele ficava em frente ao altar. Era um quarto simples, limpo e singelo, com banheiro e chuveiro repleto de água quente, o que é raro.

Quando fechei a porta, coloquei as malas no chão, tomei um belo banho e me deitei para dormir percebi que minha janela estava em frente a rua. Nesta rua, do outro lado, passava o trem, que insistia naquele apito a cada momento, fiquei muito brava… olhei para aquele quarto minúsculo e pensei, “Eu decididamente estou ficando louca!!!! O que é que eu estou fazendo aqui????” e tive uma catarse de tanto chorar.
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Chegada a Prashanti Nilayan

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Chegamos a Puttaparthi e fomos direto para o escritório da agência de turismo que me atendia na India. Aliás, fui super bem atendida em todas as viagens que fiz. Uma boa dica, uma agência chamada Travel Point, o nome do dono é Syed Muzammil, e o escritório principal fica em Bangalore, mas eles tambem tem uma filial em Puttaparthi.

Era tanta novidade, tanta fartura visual e sensorial que eu me sentia flutuando…. absorta em minhas emoções, quando fui acordada de meus devaneios com a notícia que Saibaba estava deixando Puttaparthi naquele momento, direto para seu outro ashram chamado Brindavan em Whitefield, que fica à 10 minutos de ….pasmem!!!!!Bangalore.
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Viagem de encontro ao meu amado mestre

Passei dois dias em Bangalore e havia chegado o dia da minha partida para o vilarejo aonde Saibaba nasceu e aonde ele mora a maior parte do ano, que fica à duas horas dali, chamado Puttaparthi. É ali que existe o ashram de Swami (significa mestre e é assim que os devotos de Saibaba o chamam carinhosamente). O nome deste ashram, que é o maior de todos que ele tem, é Prashanti Nilayan, que significa morada da paz.

Viajei duas horas por uma estrada de pista única, com mão invertida como na Inglaterra, e de uma forma de dirigir totalmente diferente do ocidente, incrível!!! Meu motorista, que já tinha se tornado meu amigo e que era gentil e calmo, dirigia feito louco, buzinando, ultrapassando todos! As vezes eu me pegava tapando os olhos, porque era demais para mim… pensava, “eu sou uma louca de estar nesta estrada com este doido neste pais no meio do nada, sozinha!!!!!”

Mas depois resolvi relaxar e entregar nas mãos de Baba. Então observei que todos os carros, caminhões, e ônibus tinham uma plaquinha na traseira escrito em inglês: “Por favor, buzine.” Notei também que todos dirigiam igual ao sr. Charrete e que o fato de ser mão invertida me dava a impressão de colisão imediata a cada segundo. Então fiquei bem tranquila, aproveitei a viagem e o frio na barriga passou a ser diversão.
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Uma carta e uma descoberta

Achei uma carta que escrevi para mim mesmo… aliás adoro fazer isto!

A escrevi em Bangalore, no meu segundo dia de India, após o dia todo na rua. Tinha acabado de voltar para o hotel. Resolvi mostrá-la para vocês!

“Estar aqui na India, chegando cada vez mais perto de meu avatar Saibaba, me faz sentir uma sensação de felicidade e bem estar por nada. No ar tem um cheiro estranho que as vezes é maravilhoso e as vezes apenas estranho. Saio e entro nos templos, recebo bençãos de nem sei mais quem, mas a verdade é que me sinto bem. Por nada… Estou só, isto é uma pena, gostaria de dividir isto com um amor, com meus filhos. Mas mesmo só, não me sinto triste.

ESTOU FELIZ!!!!”

Neza Cesar.

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“A flexibilidade é tão essencial para a divindade quanto a disciplina”

A India foi o lugar que despertou em mim o amor, a compaixão por todos os seres. Lá eu descobri que a felicidade está na simplicidade e que estar em paz consigo mesmo é o melhor!!!! Nada se compara a este estado.

Quando eu estava indo para a India pela primeira vez, fui completamente só e antes passei por Paris que adoro!!!! Quando já estava voando rumo a este país totalmente novo para mim comecei a sentir um alegria inexplicavel… um sorriso em mim delicioso… era como se eu estivesse indo ao encontro de algo que dentro de mim, já sabia que era divino!! Isto foi nos primeiros dias de 2001… deixei para trás como mágica histórias mal resolvidas que infernizavam minha vida… fiquei leve… pisei naquele solo sagrado e me senti em casa…

Era de madrugada, desci em Mumbai e já troquei de aeroporto rumo a Bangalore… a noite era quente e havia muita gente… uma farra… me senti alegre ali no meio daquela bagunça feliz… peguei uma van que levava passageiros do aeroporto internacional para o nacional e no trajeto me senti absolutamente alegre e acordada, olhando para tudo, para aquele caos que me parecia familiar, não sei porque… talvez vidas passadas! Cheguei no aeroporto e peguei um voo para Bangalore, uma linda cidade lotada de jardins, árvores frondosas, muitos templos e um clima quente mas com frescor… chegando lá o motorista que me aguardava se chamava Charrete e me levou para um hotel que me foi recomendado, aonde eu tinha reserva.
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