Ai que saudades que eu tenho…

Recebi este texto de um querido amigo, mineiro, o verdadeiro compadre Zé  Guilherme… daí, me deu vontade de dividir com voces e convidar-los a viver mais amorosamente, com alegria e simplicidade!!

Aproveito a ocasião para postar algumas fotos nossas da ultima visita que nosso ” Compadre”, Zé, nos fez na Morada da Paz,

Juro que mais adiante… rs rs  vou dar a receita do pão de queijo, da broa e do bolo de maracujá!!!!!

“Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a famí­lia toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, famí­lia grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.
Ninguém avisava nada, o costume era chegar de paraquedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.
Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.
E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.
Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.
Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha “ geralmente uma das filhas “ e dizia:
“ Gente, vem aqui pra dentro que o café esté na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.
Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…
Quando saíamos, os donos da casa ficavam à  porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebí­amos as visitas com o coração em festa… A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, t ambém ficávamos, a família toda, à  porta. Olhávamos, olháavamos… até que sumissem no horizonte da noite.
O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:
“ Vamos marcar uma saída!… “ ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.
Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite…
Que saudade do compadre e da comadre!”

destas mãos vão sair mais guloseimas?
agora chegou mais 2 mãos, vamos ver o que vai acontecer.
olha que delícia, é uma verdadeira obra e arte.
vamos organizar para depois saborear.
acho que agora é minha vez.
agora vamos chamar os amigos para o café da tarde.

vamos gastar um pouco as calorias?

Iguarias de Minas Gerais
humm!!! mais guloseimas!

6 comentários em “Ai que saudades que eu tenho…”

  1. Oi Neza
    Que texto maravilhoso,, acho que falta isso hoje em dia as pessoas estão muito fechadas não compartilham mais das coisas simples como uma boa conversa acho uma pena eu tenho tanto prazer em receber os amigos ,adoro ser dona de casa , fazer um paõzinho caseiro e servir para as visitas, outro dia converçando com uma amiga ela me olhou e falou eu compro tudo prronto não tenho tempo para essas coisas como se fosse uma bobagem acho que nas coisas simples estaõ as maiores alegrias beijos querida e tenha uma ótima noite.

  2. Era bem assim mesmo!!!!!Q saudades q deu, coisa bem boa, q era. Como a gente era feliz e não sabia, né? Pequenos detalhes q fazer toda a diferença. Bjs!!!!

  3. Neza e Sergio.

    Tive o prazer e a felicidade de conhecer a Morada da Paz. Sai com as energias renovadas após pedalar 110 Km para chegar em São Francisco. .
    Obrigado por permitir que eu conhecesse o paraíso de vocês.

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