No dia 24 de fevereiro de 2011, perdi minha mãe!!!!
Achei que estava preparada, pois ela estava bem velhinha, 93 anos e no hospital, por cem dias! Engano… fiquei literalmente abalada! Destruída… aos pedaços!
Acredito que poderia escrever um livro sobre ela, quem sabe um dia, eu o farei…
Desde novembro ela foi para o hospital e de lá nunca saiu, não saberia explicar quais eram suas condições reais, como meu querido irmão Batista, saberia, pois foi ele e sua mulher Eleana, que ficaram em tempo mais que integral com ela.
Como disse minha mama para mim, ele era sem dúvida, o campeão dos filhos, o que eu concordo plenamente… e para mim, a Eleana, a vice- campeã!
Sim… por que depois de tudo que vi e senti, não a enxergo como cunhada mas como uma querida irmã da vida!
A verdade é que sempre amei muito minha mãe e sei que fui imensamente amada por ela, mas como caçula e raspa do tacho… sempre fui desgarrada, liberta!
Mas tive a sorte de aproveitar alguns de seus últimos dias de forma intensamente amorosa e com muita sabedoria. Acredito que nós duas conseguimos perceber o quanto nos amávamos e aceitar todas as nossas diferenças… nestes dias de silenciosos encontros no hospital.
Como caçula, liberta… me senti á vontade de lhe dar quantos sorvetes ela sonhasse, apesar da diabete, levar flores escondidas embaixo de casacos em pleno alto verão, embora fosse proibido no hospital… era como se fossemos cúmplices de nossa peraltice nestas horas!
Rezei para ela meus mantras do Budismo e ela amou, apesar de ser uma católica fervorosa… nos abraçamos e nos beijamos em alguns momentos e simplesmente nos olhamos em outros. Jamais esquecerei seus olhinhos brilhando… carentes dos meus, naqueles momentos singulares.
Deitei junto dela em sua cama de hospital e adormecemos juntas embaladas por nosso amor…
Jamais esquecerei nossas ultimas conversas, nossos acertos… seus lindos devaneios!
Mas o mais importante disso tudo é que ela se foi me deixando uma nova descoberta familiar, através do meu irmão e de sua família linda…
… de que família junta pode ser leve e fluida, mesmo uma grande família, mesmo com suas diferenças ideológicas ou de costumes. Esta descoberta me dá grande alegria de continuar, a lutar e a viver com alegria! Principalmente… a valorizar a família, mais que nunca.
Ela se foi e senti a maior dor que já senti nesta vida… fiquei sem chão, sem raízes em alguns momentos de extrema dor…
Agora, eu a sinto muito mais nas coisas que me ensinou… nas pequenas coisas e nas grandes.
Eu a sinto em quase tudo… em pequenas coisas que nem sabia que vinham dela em mim…
Foi dela que recebi o dom de arrumar a casa com lindos arranjos de flores, uma mesa de jantar perfeita mas com criatividade e improviso… foi dela que aprendi a ser forte, correta, corajosa! Foi dela que veio minha busca pela espiritualidade e finalmente perceber que a felicidade está na simplicidade.
Nas grandes coisas… aprendi olhando sua ação, a maneira com que ela viveu dias difíceis sempre escolhendo a alegria, nunca foi amarga por sua velhice ou pelas profundas perdas que teve.
Chorou, sofreu mas nunca foi vítima, podia ter sido mas não, sempre escolheu o caminho da alegria, da coragem, da força!
De aceitar sua vida como sendo uma maravilha… fazendo de uma bobagem qualquer um grande evento !!!!
Nem eu mesma sabia disto, mas agora sei que tudo começou com ela… com esta linda Mãe que tive a sorte de ter!
Com amor, Neza
Oi…amor de mãe é unico…sei que não é fácil…mas a dor da saudade é superada com essas lembranças lindas que ela te deixou.Beijos.
Meu profundo pesar….tenho certeza de tds estes valores que te passou e a filha amorosa q vc foi! No final td valeu a pena ! Um abraço forte!
Fôfa na foto ….lindinha!
Querida Neza
Meus maiores e sinceros sentimentos.Que linda história com sua querida mãe.
Imagino como não está a doer teu coração,nós humanos somos muito carnais,é dificl para nós aceitarmos uma perda.A vida continua,sua querida mãe já está em outro plano.Voce tem a sua linda familia para cuidar,amar e aprender!Estamos aqui para ensinarmos,aprendermos e evoluirmos.Com certeza voce ensina-me muito..esnisa-me a ser melhor em tudo.
Querida,sinta-se abraçada!
Adoro voce,beijos doces!
Patricia Merella
Querida,
Eu bem sei o que vc senti, sente e o sentimento que virá… Há quase 8 anos perdemos nossa querida mãe com apenas 58 anos …Linda, amorosa, corajosa, lutadora e apaixonada pela vida, família e por Deus. Hj entendo que Deus nos empresta e depois pede de volta… são tesouros que não são nossos… apenas para amarmos e apredendermos com eles/elas.
Sinta-se abraçada por mim! Deus a abençoe e conforte seu coração! Um beijão
Querida Nezinha, nossa estou emocionada com essa notícia, mas fico feliz que sua luz e sabedoria trouxeram tranquilidade para ambas nessa fase delicada. Imagino a sua dor da perda física mas sei que sua maturidade espiritual vai lhe amparar. Sim, escreva o livro, tenho certeza que vai ser um lindo jeito de transmutar todo esse amor para toda a eternidade!
A foto é linda, beijos com muitas rezas de paz!
Neza, que lindas coisas escreveu sobre sua mãe! Sempre digo que D. Cidinha era uma pequena grande mulher. Pequena no tamanho, mas grande de espírito. Eu a amava muito pois a conheci bem desde que se casou e veio morar em Rancharia. Eu era muito pequena ainda e frequentava o sobrado.Certamente ela está feliz agora junto ao seu amado no céu.
Beijos
Nossa Martha , vc é aquela amiga da mamãe de Rancharia que ela adorava??? a Maria me falou que vc esteve vizitando -a… que beleza, te encontrar por aqui minha querida!!!!!
bjsss
Olá querida, noticia triste que lindo isso que escreveu de sua Mãe, nessa hora não sei o que dizer apenas chorar.
Eu também comecei o ano com uma dor que também nunca tinha sentido, perdi minha linda sobrinha num acidente de carro indo para o Guaruja, até hoje doi demais.
Nós somos mulheres fortes como sua mãe e vamos seguir nosso caminho.
Te amo muuuito…………..
Beijinhos
Meire Maron
Querida Neza,
Que texto lindo!!! Passo por uma situaçao semelhante com minha mãe e suas palavras, tão genuinas, me trouxeram muito conforto.
Obrigada por compartilhar esses sentimentos tão intimos e profundos.
Beijos,
Claudia
Neza querida,sei a dor întensa que você está sentindo.Já senti esta dor e foi muito forte,pois em dois meses perdi os meus adorados pais.
A angustia de viver sem eles passa ,e o que fica são só as alegrias que pudemos compartilhar.Linda a maneira como você descreve a partida de sua amada mãe!!
Ela continua em você com certeza!
Um beijo carinhoso
Niéde
Obrigada pelas lindas mensagens, vcs são minhas e meus leitores queridos. Vcs é que me movem, vou mesmo escrever o livro que tanto fico querendo…vou fazer esta ação!
me aguradem, será o primeiro de muitos….
eo primeiro será homenagem a minha linda mama!!!!!
bjs
com amor, neza
Neza querida,
Há quanto tempo estava com saudade de você… querendo te dar um “oi”…
Hoje resolvi entrar no seu blog e vi essa triste notícia.
Lindas as usas palavras!
Acho que a gente nunca está preparada para esses momentos, né?
Mas aprendemos o desapego – mesmo que à força – , e a viver com a ternura da boa lembrança, dos ensinamentos…
Pois é isso que vale carregar na vida… os momentos lindos!
É disso que somos construídos: de momentos. Nada mais!
Me emocionei com seu relato.
Um abraço forte e carinhoso cheio de muita luz.
E que você possa superar com muita paz e sabedoria essa passagem.
Cláudia Mello
Ah! Claudinha querida, que bom ouvir palavras suas… vc está sempre no meu coração,de verdade!
Oi Neza , sou fã do seu Trabalho qdo sai em rEVISTAS e sempre passo por aqui apesar de não deixar comentário !
Mas HJ me emocionei ao ler esse TEXTO uma bela homenagem a tua mamãe !
Aceite meus SENTIMENTOS e tenha certeza que do Céu ela está olhando por vc !
Abraço Apertado !
Márcia
E você no meu!
Bjs
Cláudia
Fiquei encantada com a sua declaração de amor…lindo me fez chorar, mãe é um ser divino…que o seu coração seja sempre consolado!
Perdi minha mãe vai fazer 2 semanas … chorei ao ler o teu comentário, por enquanto não conseigo dizer nada mais.
Tem algumas, bastantes diferenças na nossa história, uma delas é que minha mãe viveu muito pouco, tinha só 66 anos de idade.
Beijinho.
Sofia
Querida Sofia, não importa a idade ou a relação que tivemos com nossa mãe, a morte da mãe é a maior dor do universo!
Mas com o tempo agente compreende e ficamos com aquele amor profundo em nosso coração por ela, para sempre junto de nós!
Com amor, Neza
Neza, I have lately thought of you very often !
It would been very nice to see you and Sergio again here in Austria. Udo also told me of the death of your mother.My feelings and my heart are with you !
Today I first read your blog and I was very touched by your wonderful tribute to your mother.
Neza, thank you and Sergio for your hospitality and love in a very difficult time for me and Udo !
I wish yours much love Renate
AH!!! My lovely Renate… i always remember you with all my hart….
Love u
Neza
… as vezes… muitas vezes… sinto falta dela… só dela… e me vem aos olhos aquela luz que refrescava minha alma… e me sinto em paz outra vez… beijos coração…
Neza, obrigada!
Inspirada sua homenagem a sua mãezinha! A imortalidade existe, sim! É essa presença em nós de nossos entes queridos! É essa saudade iluminada que em nós se instala devagarinho, sem que dela nos apercebamos. Aconchegue-se a ela como se fosse o colo de sua mãezinha.
Abraços afetuosos,
Glorinha
P.S.___Envie seu texto aos meus amigos com a minha mensagem de Páscoa. Inspirei-me em seu texto.
.
Amigos, Feliz Páscoa!
.
Nesta data que nos convida
a uma especial reunião em família, importa repensar sobre o essencial deste congregar junto aos familiares:o real elo e o verdadeiro vínculo. E, portanto, apreender e compreender
o subjetivo sentido, mais que definitivo, do tão banal quanto efêmero conteúdo de cada momento familiar. Usufruam-no, a partir desta perspectiva
propiciada por este relato.
http://www.blogdaneza.com.br/?p=1784
Abraça-os, com muito afeto,
Glorinha
Glorinha querida, fico muito agradecida por este seu gesto tåo generoso. Usar meu texto como mensagem de pascoa??….Logo vc minha querida ,com um texto maravilhoso e de tamanho conteudo!!!
Bom mesmo é saber que existem sim pessoas como vc neste planeta!!!!!
Com amor, Neza