Chegada a Prashanti Nilayan

india12

Chegamos a Puttaparthi e fomos direto para o escritório da agência de turismo que me atendia na India. Aliás, fui super bem atendida em todas as viagens que fiz. Uma boa dica, uma agência chamada Travel Point, o nome do dono é Syed Muzammil, e o escritório principal fica em Bangalore, mas eles tambem tem uma filial em Puttaparthi.

Era tanta novidade, tanta fartura visual e sensorial que eu me sentia flutuando…. absorta em minhas emoções, quando fui acordada de meus devaneios com a notícia que Saibaba estava deixando Puttaparthi naquele momento, direto para seu outro ashram chamado Brindavan em Whitefield, que fica à 10 minutos de ….pasmem!!!!!Bangalore.

Eu estava ali, parada, quase em frente ao portão de Prashanti Nilayan, tinha muita gente, quase um tumulto, correndo, todos tentando um carro para seguirem Swami, em comitiva. Fiquei sabendo que quando Saibaba vai embora para outro de seus ashrams, todos vão atrás dele, até os comerciantes, restaurantes, tudo… a vila fica às moscas. Então o que eu tinha que fazer era voltar para onde eu havia acabado de sair.

Demorou alguns minutos para cair a ficha e eu já tinha perdido meu carro para novos clientes. Deixei minha bagagem guardada lá, pedi um novo carro e fui a pé para dentro dos portões da morada de Swami, a morada da paz, tentar encontrar a Ilma que estava lá. Imagine a minha presunção… eram milhares de pessoas andando de lá para cá, um mar de gente de todo o mundo, literamente!!!!! Mal entrei e andei 10 passos, trombei com a Ilma! Bom karma o meu heim!? Ela gritou de entusiasmo quando me viu, me abraçou e logo me puxou pelas mãos, rodopiando pelas ruelas e jardins, até encontrar um lugar com uma parede repleta de desenhos vazados que formavam vãozinhos. Encostei meu rosto em um desses vãos e meus olhos acharam Saibaba, lá dentro do mandir, (espaço sagrado aonde Swami dá as bençãos a todos que o procuram) andando suavemente entre as pessoas sentadas no chão em sua veste laranja. Para mim, parecia um sonho, e este foi meu primeiro encontro com meu amado mestre.

Fiquei ali espiando como uma voyeur, feliz… até Ilma me puxar pelas mãos toda contente. Saímos dali como duas crianças, pulando de alegria em busca de um carro, que era de outras brasileiras que estavam com ela como um pequeno grupo, e das malas dela. Arranjamos uma perua Tata, parece estas Land Rovers da vida, super confortável e nova, o que foi um belo upgrade comparado com o carro Ambassador (que me trouxe de Bangalore), que mais parecia um chevrolet dos anos 50 com motor diesel fabricado atualmente… nos anos 80!!!!

Ah! O motorista era outro e colocou toda nossa bagagem na capota do carro. Fomos em 6 pessoas contando com o driver. Estava tão empolgada que nem me importei de estar de volta na mesma estrada, já era outra viagem. Este motorista era muito diferente do Sr. Charrete, parecia até um pouco folgado, mas era super alegre e colocou em seu toca fitas musicas indianas adoráveis em alto e bom som!!!!

E lá estava eu, com 5 brasileiras das quais 4 era desconhecidas para mim e um indiano com vocação para dançarino, que se chacoalhava todo conforme a entoação das canções.

Um comentário em “Chegada a Prashanti Nilayan”

  1. Neza,

    Adorei essa sua iniciativa e a forma com que você está escrevendo, profundamente, de alma mesmo! Parabéns, sua energia está ótima!!! Bjs.

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